A sinergia dos empresários 

Estamos acostumados a ouvir falar de start-ups na área tecnológica, mas nos interessamos por outro setor, dentro da tecnologia, mas focado nas energias renováveis. A inspiração veio de uma apresentação do CEO de uma empresa aeroespacial espanhola que falou sobre as dificuldades enfrentadas para a realização de um projeto tão arriscado em um ambiente não habituado a pequenas empresas ligadas a um campo tão especializado.

Foi assim que comecei a conceber o plano de criação de uma pequena empresa ligada à geotérmica (Geotermia) no Norte de Portugal. Seriam, em princípio, pequenos projetos de escopo modesto, mas com os quais ir, aos poucos, mostrando os benefícios desse tipo de energia limpa. Para isso contatei dois ou três colegas também interessados ​​nesta energia e que já tinham experiência com trabalho de campo. Era claro para mim que eu sozinho não poderia levar isso adiante.

E como também comentou o diretor daquela pequena empresa aeroespacial, nossa meta inicial era nos qualificar para bolsas em um ambiente muito favorável para energia limpa. Tanto da Europa como da Espanha ou de Portugal, diferentes processos estavam sendo lançados para subsidiar projetos que agregam valor à energia limpa. Acima de tudo, recompensavam as iniciativas que representavam uma inovação no setor.

A questão é que estas inovações, para se concretizarem, implicam grandes investimentos pelo que é necessário apoio externo para que estas ideias saiam do papel e se transformem em projectos reais como fazíamos com os geotérmicos (Geotermia) no norte de Portugal.

Às vezes ouço críticas a empresas que contam com subsídios do Estado ou de órgãos oficiais, mas nesse contexto não há outra maneira de progredir senão com uma colaboração entre os setores público e privado. Graças a isso e à sinergia de diversos empreendedores, este projeto vem avançando com avanços interessantes e, acima de tudo, fazendo com que as ideias saiam do papel e se tornem projetos muito promissores com essa energia limpa.